“Mapeando COVID-19″ é o título da última edição da revista Metodologias e Aprendizado, dedicado aos métodos de georreferenciamento da expansão da pandemia nos territórios. O próximo webinar do Instituto de Saúde, na quinta-feira, 23 de julho, às 15 horas, irá explorar esse método de pesquisa e seus resultados no Brasil.

“O webinar irá tratar da importância de dados que podem ser posicionados em determinada região geográfica, tendo por base suas coordenadas na análise do espaço geográfico”, diz o geógrafo Eduardo Werneck, professor do Instituto Federal Catarinense – IFC e editor da revista, um dos convidados participantes do encontro.

O evento contará ainda com a presença de Fernando Heck, professor de Geografia do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Tupã (SP) que irá apresentar seu estudo “Os territórios da degradação do trabalho na Região Sul e o arranjo organizado a partir da COVID-19”; e do urbanista Leandro Ludwig, mestre em desenvolvimento regional, autor da nota técnica ”A COVID-19 em Movimento: efeitos emergentes da rede urbana na propagação espacial da COVID-19 em Santa Catarina”, do Núcleo de Estudos da Tecnociência da Universidade Regional de Blumenau. A mediação será de Lígia Duarte, pesquisadora do Núcleo de Serviços e Sistemas de Saúde do Instituto de Saúde.

Fernando analisou os dados relativos à localização dos frigoríficos e dos casos confirmados da doença por município, utilizando modelos convencionais da cartografia temática e técnicas de geoestatística. Os resultados sugerem áreas críticas e potencialmente críticas, considerando a similaridade e a difusão espacial da doença no âmbito local e regional. Aponta também para a preocupação com a disseminação da doença em virtude dos movimentos pendulares de trabalhadores e trabalhadoras e os frigoríficos como potenciais centros de difusão da COVID-19.

Leandro Ludwig convida o público a conversar sobre como a COVID-19 se expressa territorialmente nas redes urbanas, a partir de um estudo feito em Santa Catarina. “Imagine uma região metropolitana com alta densidade populacional e muita mobilidade de pessoas. Essa região tende a ter uma maior propagação do vírus que outra região do interior que possuí pouca mobilidade e densidade de pessoas. São essas relações que iremos discutir! Isso é importante para entendermos como aspectos de mobilidade, economia e densidade influenciam na propagação do vírus”.

Assista o webinar Rede Urbana e Saúde do Trabalhador na Pandemia: contribuições das informações georreferenciadas para o debate, na próxima quinta-feira, 23 de julho, às 15 horas, no canal do Instituto de Saúde no YouTube ou nesta postagem da APqC.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Instituto de Saúde

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