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Com o foco na produção animal sustentável, o Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), em parceria com a empresa JL Tecnologia Ambiental (JLTEC)desenvolveu o sistema FLOTUB que permite o adequado tratamento de efluentes (fezes, urina, água de limpeza) das granjas de suínos, diminuindo os impactos ambientais e possibilitando a geração de renda a partir dos coprodutos obtidos (biogás, adubos e água de reuso).

Todo dejeto produzido na granja é conduzido por tubulações. Na primeira etapa do tratamento, o material sólido é separado da parte líquida e destinado a composto orgânico. A parte líquida segue para o biodigestor, onde permanece por um período mínimo de 30 dias, ocorrendo a sua fermentação e gerando biogás, que é armazenado para posterior comercialização ou uso na granja.

Posteriormente, o material restante passa por digestão aeróbica, floculação e clarificação (que é a retirada do lodo da fase líquida, separado para utilização como biofertilizante).

Por fim, a água que provém da clarificação do efluente passa por desinfecção e posterior avaliação microbiológica e físico-química e é armazenada para reuso. Desta forma o sistema transforma os dejetos, que iriam poluir os recursos hídricos, em composto orgânico, biogás, biofertilizante (lodo) e água de reuso.

De acordo com a pesquisadora do IZ Simone Raymundo de Oliveira, coordenadora do projeto, é importante salientar que além do tratamento dos dejetos, deve existir um cuidadoso manejo alimentar, visando melhor eficiência nutricional, reduzindo o desperdício de água e alimentos. “Considerando apenas o desperdício relacionado à ineficiência alimentar, estima-se que, só no Estado de São Paulo, sejam desperdiçadas 88,5 mil toneladas de milho e 36 mil toneladas de farelo de soja por ano” diz.

Segundo Simone, considerando os efluentes de uma única matriz e seus leitões, é possível obter o equivalente a 55 botijões de gás (GLP_P-13) por ano, além da recuperação de 70% da água contida nos dejetos. “Desta forma transformamos o passivo ambiental em ativo financeiro, produzindo proteína animal e ao, mesmo tempo, seus coprodutos, tornando a suinocultura mais sustentável”, afirma.

Com informações do IZ

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