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A pandemia do coronavírus (Covid-19) exige medidas para preservação de vidas humanas em todo o mundo. No Estado de São Paulo não foi diferente e diversas ações têm sido tomadas para garantir a saúde da população e evitar a disseminação da doença. Uma das medidas adotadas foi o incentivo ao distanciamento social e adequações nas relações de trabalho para garantir a segurança e a saúde da população. Na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, diversas iniciativas têm sido tomadas — em atendimento às determinações do Governo do Estado e da Secretaria de Agricultura — mas com critérios que permitem a continuidade dos serviços essenciais prestados pelas instituições científicas ligadas ao setor dos agronegócios, fundamental para a alimentação e abastecimento da população.

Os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisa ligados à APTA fizeram uma análise criteriosa para que grande parte de seus servidores fossem colocados em regime de teletrabalho, principalmente aqueles que compõem o grupo de risco a doença, a fim de diminuir o número de pessoas circulantes em suas unidades. Apesar de algumas adaptações das atividades, a APTA informa que suas pesquisas continuam ativas, pois são essenciais para o desenvolvimento do agronegócio paulista e brasileiro.

“Conforme orientação da Secretaria e do Governo do Estado, avaliamos todas as atividades essenciais, que mesmo neste momento de crise, não poderiam ser interrompidas. Grande parte dos nossos servidores estão trabalhando em regime de teletrabalho, porém, algumas poucas atividades continuam sendo realizadas presencialmente, por servidores que se encontram fora do grupo de risco da doença, como as atividades laboratoriais, de manutenção de campos experimentais e tratamento de animais. Nossos Institutos continuam produzindo insumos imprescindíveis para a continuidade da produção de alimentos, como os imunobiológicos”, afirma Antonio Batista Filho, coordenador da APTA.

Trabalhos relacionados à sanidade animal e vegetal do Instituto Biológico (IB-APTA), considerados essenciais, não serão interrompidos. É o caso, por exemplo, do Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto, que continua em funcionamento, com equipe reduzida por conta das medidas de contenção para o Covid-19, assim como outros laboratórios da área animal. A sanidade é considerada um serviço essencial para garantir a segurança alimentar, prevenção de doenças e emergência sanitária.

“No Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB realizamos diagnósticos de várias doenças de bovinos, inclusive para atender o trânsito (interno e exportação) de animais vivos e seus produtos. Como exemplo citamos o diagnóstico sorológico de febre aftosa para ingresso de animais para o Estado de Santa Catarina, que é considerado livre da doença sem vacina. Para todo animal proveniente de outras regiões do país, inclusive o Estado de São Paulo, é exigido esse teste sorológico. Além disso, mantemos serviços relacionados às certificações dos reprodutores bovinos como de material genético das centrais de inseminação artificial, a fim de atender as demandas de exportação de sêmen”, afirma Liria Okuda, pesquisadora do IB, que reforça que profissionais do LVB utilizam todos os equipamentos de proteção individual necessários e que a infraestrutura é adequada para manipular vírus de animais, sendo alguns deles zoonóticos e, por isso, todos estão treinados para garantir a biosseguridade do técnico, assim como das amostras que serão analisadas, conforme recomendações estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Fonte original: Notícias Agrícolas.

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