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O presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), João Paulo Feijão Teixeira, participa na próxima quinta-feira (25) de Audiência Pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara de Deputados, em Brasília. O debate, que será transmitido ao vivo pela Internet a partir das 14h30, terá como tema a extinção dos Institutos Geológico, Botânico e Florestal em São Paulo, por meio da criação do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA). Também foram convidados Carlos Bocuhy, do Instituto de Proteção Ambiental (PROAM); Flávia Noronha Dutra Ribeiro, da Universidade de São Paulo (USP); Gustavo Armani, do Instituto Geológico; Helena Dutra Lutgens, do Instituto Florestal; e Inês Cordeiro, do Instituto de Botânica.

Segundo o deputado federal Nilto Tatto (PT/SP), autor do requerimento da audiência, está em curso um “inaceitável processo de extinção de importantes institutos de pesquisa no setor ambiental, com longo histórico de serviços prestados à ciência e preservação de áreas protegidas, não somente para São Paulo, mas para todo o Brasil.” Para o presidente da APqC, o desmonte promovido pelo governo estadual tem acontecido sob o pretexto da “modernização” e da “economia de recursos”, a exemplo do que ocorre no plano federal. “A área de pesquisa ambiental e preservação, em São Paulo, vem sendo submetida a interesses outros, marcadamente do ramo imobiliário.”, diz.

Setores do agronegócio paulista, principalmente a partir da gestão na secretaria estadual do meio ambiente do ex-ministro Ricardo Salles, não escondem sua preocupação com os ataques permanentes a instituições de pesquisa científica com longa história de serviços prestados nesta área. A criação de um “novo instituto” (o IPA), por exemplo, significou o fim de três renomadas instituições: os Institutos Geológico, Botânico e Florestal, que desenvolvem pesquisas de ponta há muitas décadas.

Seus funcionários, segundo a APqC, lutam pela manutenção das atividades realizadas em prol do Meio Ambiente, apesar do desmonte estrutural e do esvaziamento dos quadros de servidores nos últimos anos. “Para além das questões de fundo, a extinção destes institutos e de criação do IPA que vem ocorrendo, à revelia da comunidade científica, pode incorrer em graves problemas administrativos, científicos e de manejo”, diz o texto do requerimento.
Uma moção vem sendo construída pela Comissão, formada por parlamentares das três esferas da federação e pesquisadores com atuação reconhecida em suas áreas, pedindo “providências urgentes para a manutenção integral das atividades de pesquisa científica, da identidade dos Institutos de Botânica, Florestal e Geológico, de suas áreas experimentais e demais funções dessas históricas instituições”.

Para acompanhar e participar da Audiência em tempo real, clique aqui.

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