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O Instituto de Pesca (IP-APTA), que completa 50 anos no próximo dia 8 de abril, é um dos mais importantes órgãos do país na área da pesquisa em pesca e aquicultura. Recentemente, em dezembro do ano passado, o IP reinaugurou, no Centro de Pesquisa do Pescado Marinho, em Santos, a Unidade de Beneficiamento de Pescado (UBP), que passou por adequações estruturais visando a obtenção do registro junto ao Serviço de Inspeção do estado de São Paulo – S.I.S.P. A UBP da Unidade Laboratorial de Referência em Tecnologia do Pescado (ULRTP) é dirigida pela pesquisadora Dra. Erika Fabiane Furlan.

Segundo a diretora, a ULRTP tem como linha mestra ações para a melhoria da qualidade do pescado no Estado de São Paulo e com o S.I.S.P objetiva atender mais prontamente as demandas do setor produtivo e contribuir para o crescimento do consumo de produtos oriundos da pesca e da aquicultura. “Estamos desenvolvendo pesquisas aplicadas à indústria. Em linhas gerais, nossa função é servir ao setor produtivo através de projetos em parceria, projetos de consultoria e ainda a capacitação técnica”, diz.

Ela avalia que os estudos de mercado na área ainda são precários no país e que o Instituto de Pesca cumpre importante papel para reverter este cenário. “É indispensável que o empresário do setor conheça seu público-alvo para que ele adquira o seu produto. Temos também desenvolvido pesquisa e capacitações para o uso da tecnologia da Carne Mecanicamente Separada (CMS), que pode trazer um diferencial ao mercado, ampliando o leque de possíveis consumidores”, afirma.

A CMS é obtida por separação mecânica da porção cárnea do peixe, resultando em um produto isento de espinhas. A pesquisadora explica que esta tecnologia propicia um rendimento maior quando comparada a obtenção do filé de peixe e trás praticidade para a dona de casa, sendo também adequado para a alimentação de crianças e idosos”. Para Dra. Erika Furlan, estimular que a indústria descubra, produza e comercialize a CMS significa “abrir o horizonte para novos mercados”.

Além da UBP, a ULRTP conta com um laboratório de análises físico-químicas, cozinha experimental e cabines para análises sensoriais, onde os produtos desenvolvidos podem ser analisados quanto à qualidade, composição e aceitabilidade.

Bruno Ribeiro, para a APqC

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