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Instituto de Economia Agrícola

Pioneiro na sistematização dos estudos sobre economia agrícola no Brasil, o Instituto de Economia Agrícola (IEA) completou 78 anos de fundação no último dia 7 de novembro, sem muito alarde. A instituição de pesquisa vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo nasceu em 1942 e desde então suas atribuições têm sido as de executar programas e projetos de pesquisas e assessoramento, além de elaborar informações e estatísticas relativas ao setor.

Dentre tantas ações realizadas pelo IEA estão pesquisas sobre estatísticas de preço, área e produção, mercados florestais, salários, entre outras, realizadas geralmente em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), que se constituem em fontes para gestão pública e privada. Os levantamentos estatísticos serviram de modelo para outras instituições e os preços agrícolas são referência para atacadistas, varejistas e produtores.

Nos últimos anos, o Instituto passou por algumas remodelações, a mais recente delas conferiu ao IEA a atual estrutura, que compreende dois centros técnicos de pesquisa (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Estudos Econômicos dos Agronegócios e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Informações Estatísticas dos Agronegócios), além do Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento e do Centro de Administração da Pesquisa e Desenvolvimento.

Conquistas recentes

Os pesquisadores e corpo técnico do IEA foram os responsáveis pelo desenvolvimento da Calculadora do Valor Venal da Terra Rural, primeiro aplicativo da Secretaria de Agricultura. Ao informar o município, área e categoria da terra rural, o App permite que o interessado tenha na tela do celular, em questão de segundos, o valor venal de uma propriedade, uma informação preciosa, que permite ao agricultor recolher corretamente os impostos, comprar e vender um imóvel e resolver questões ligadas à Justiça.

O App foi desenvolvido no âmbito do projeto de modernização da metodologia para cálculo dos índices preços de terras, que passou a contar com 12 informações sobre cada um dos 645 municípios, o que permitiu a ponderação de uma média muito mais confiável. Além de servir de base para o cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), a ferramenta também facilita o recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Está disponível, de forma totalmente gratuita, nas plataformas de aplicativos para Android e IOS.

Contribuição

  • Pioneirismo no levantamento dos preços agrícolas diários, dos preços de terra, na elaboração da metodologia e do cálculo sobre custos de produção, e na análise dos impactos da nanotecnologia na cadeia de produção da soja;
  • Formulação do Programa de Microbacias Hidrográficas;
  • Parcerias com outras instituições congêneres na metodologia e elaboração de previsão e estimativas de safras em outros Estados, bem como para difundir a filosofia de mercado futuro e novos mecanismos de comercialização agrícola;
  • Participação na construção e aprimoramento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap);
  • Desenvolvimento de metodologia de análise da balança comercial;
    Participação nas discussões e elaboração do Protocolo Agroambiental com o setor sucroalcooleiro, sendo responsável pela sua gestão dentro da SAA.

História

Nos anos de 1939 e 1940, o engenheiro agrônomo Ruy Miller Paiva, que então atuava no Instituto Agronômico (IAC), foi para os Estados Unidos para se aperfeiçoar na área de tecnologia de fibras. Deparou-se, então, com a economia agrícola e ao retornar para São Paulo, trouxe as ideias e o conhecimento que resultou na criação da Comissão de Estudos Rurais. Esta foi precursora do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria, que em 1942 daria origem ao IEA, que primeiro sistematizou os estudos sobre economia agrícola no Brasil.

Com o tempo, o campo de trabalho passou a abranger cenários que incluem a globalização, a diferenciação e organização como princípios de inserção e permanência nos mercados para a produção familiar, os impactos da biotecnologia e da interdependência do setor agrícola com novos ramos industriais, agricultura periurbana, gestão da água e preservação ambiental.

Em parceria com a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), o IEA levanta informações e séries estatísticas de preço, produção, produtividade e salários, que são importantes fontes na gestão pública e privada.

Os levantamentos estatísticos serviram de modelo para outras instituições no Brasil. Já os preços agrícolas são referência para atacadistas, varejistas e produtores.

As linhas de pesquisa priorizam o atendimento às demandas sociais oriundas dos canais institucionais, mas sempre levam em conta a percepção e a sensibilidade de seus pesquisadores para as necessidades de médio e longo prazo da agricultura e da sociedade.

O IEA foi pioneiro no levantamento dos preços agrícolas diários, dos preços de terra, na elaboração da metodologia e do cálculo sobre custos de produção, e na análise dos impactos da nanotecnologia na cadeia de produção da soja.

O Instituto formulou programas de grande relevância na Secretaria, como o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo;
Também realizou parcerias com instituições na metodologia e elaboração de previsão e estimativas de safras em outros Estados, bem como para difundir a filosofia de mercado futuro e novos mecanismos de comercialização agrícola;

Participou da construção e aprimoramento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap); desenvolveu metodologia de análise da balança comercial; participou ainda nas discussões e elaboração do Protocolo Agroambiental com o setor sucroalcooleiro, sendo responsável pela sua gestão dentro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Atualmente, o IEA continua desempenhando um papel fundamental e de relevância para o agro, atuando alinhado ao Programa “Cidadania no Campo 2030”, estratégico para trazer desenvolvimento sustentável à população do campo.

Hoje, cerca de 350 mil propriedades rurais paulistas não têm endereço e 200 mil quilômetros de estradas rurais não estão mapeados. Isso limita o acesso da população rural à infraestrutura básica de eletricidade, conectividade, saneamento e segurança pública, entre outros serviços essenciais.

Assessoria, com informações fornecidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

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