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O Instituto Butantan começou a fazer os testes do coronavírus na útima sexta-feira (3). O Instituto aguardava há uma semana a certificação para iniciar os diagnósticos. O laboratório foi homologado pelo Instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à Secretaria Estadual da Saúde.

Um dia antes, o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas, assumiu o comando da plataforma de laboratórios de diagnóstico de coronavírus, criada pelo governo do estado para dar agilidade aos trabalhos e ampliar a rede de laboratórios credenciada.

Para conseguir zerar a fila de exames que aguardam análise e liberar os resultados em até 48 horas, o coordenador disse que irá aumentar o número de funcionários no Adolfo Lutz, que passará a funcionar durante 24 horas ininterruptas.

“Nós temos que fazer o sistema funcionar, automatizar, por isso que estão sendo comprados equipamentos e reagentes. O prazo máximo que se espera para esses exames é de 24 a 48 horas, no máximo. Não podemos ter exames represados porque eles refletem em tempo real a evolução da epidemia”, disse.

Diagnósticos

De acordo com o coordenador, o estado tem, hoje, dez instituições públicas participando ativamente das análises dos exames. Ele destacou ainda que mais dez laboratórios privados foram credenciados para realizar os testes e aguardam liberação.

Tadeu Covas detalhou de que forma o trabalho da plataforma de testes, comandada pelo Instituto Butantan, será organizada. Ele ainda afirmou que o estado não irá enfrentar falta de testes para população. “Não vai faltar teste para ninguém para o monitoramento desta epidemia”. A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) acompanhará o processo.

Plataforma

Segundo publicado no Diário Oficial na quinta-feira passada, Tadeu Covas passa a ser responsável pela Plataforma de Laboratórios de diagnóstico de coronavírus. Pelo texto, caberá à plataforma, além de realizar os testes, proceder avaliações técnicas para aquisição de insumos e definir protocolos de trabalhos. Com a medida, o Instituto Adolfo Lutz fica subordinado aom diretor do Instituto Butantan.

As instalações de um novo laboratório no Instituto Butantan começaram no dia 25 de março. O espaço recebeu uma pipetadora e equipamentos de extração do RNA do vírus e de RT-PCR automatizados. A expectativa do coordenador é que os testes comecem a ser feitos o mais rápido possível.

O Butantan também já adquiriu os primeiros lotes de reagentes necessários para a realização dos exames e está implementando um software de rastreabilidade de amostras.

Laboratórios 

Dimas Tadeu Covas afirmou que à frente da coordenação dos testes, irá ativar a rede da USP, que tem capacidade para realizar 45 mil exames por mês, e ampliar as jornadas de trabalhos.

“Vamos ativar os Lutz (laboratórios) regionais, que devem passar a fazer exames no máximo até segunda-feira (6) e vamos tentar implementar um segundo turno de atividades. Com isso podemos ter aí rapidamente as 12 mil amostras”.

De acordo com Covas Tadeu, o governo do estado de São Paulo deve importar 1,3 milhão de testes. “Neste momento nós estamos em negociação direta com o governo da Coreia do Sul. Esperamos que estes testes cheguem aqui ainda na primeira quinzena de abril”, afirmou.

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