Unidades de conservação protegem espécies de lagartos ameaçadas de extinção
Foto: Cybele Araújo
Os répteis são animais carismáticos, mas que também podem assustar algumas pessoas que não os conhecem muito bem. Por isso é sempre válido tentarmos superar nossas superstições e aprender mais sobre eles, afinal, são bichos bastante importantes pra o equilíbrio ecológico. Além disso, por não manterem constante sua temperatura corporal e serem extremamente sensíveis a variações no ambiente, podem ser considerados bioindicadores de qualidade ambiental.
No Brasil, temos 276 espécies de lagartos, das quais 44 (16%) podem ser encontradas no estado de São Paulo. A fauna de répteis do estado é a mais conhecida do país. No entanto, ainda há lacunas. Neste sentido, buscando compreender a diversidade de lagartos no Cerrado e na Mata Atlântica, os biomas presentes em São Paulo, a pesquisadora científica do Instituto Florestal (IF) Cybele Araújo realizou o inventário das espécies da Estação Ecológica de Angatuba. A Unidade de Conservação (UC) é um remanescente desses biomas na bacia hidrográfica do Alto Paranapanema.
A pesquisa foi publicada na Revista do Instituto Florestal v. 32 n. 2 e o resultado foi a observação de cinco tipos de lagartos, dentre elas o Kentropyx paulensis, espécie ameaçada de extinção em São Paulo. Durante o levantamento, foi identificado apenas um indivíduo desta espécie, que até o momento foi encontrada em apenas duas outras UCs do estado, a Estação Ecológica de Itirapina e a Estação Ecológica de Santa Bárbara.
De acordo com a literatura, diferentemente das aves e mamíferos, que utilizam tanto vegetações mais abertas quanto florestais, a maior parte dos lagartos do Cerrado são especialistas de habitat, frequentando apenas um ambiente. Esses dois tipos de ambientes (abertos e florestais) podem funcionar como barreiras naturais à distribuição e dispersão das espécies. No entanto, o jovem Kentropyx paulensis, avistado em Angatuba em uma área de Cerradão (uma formação florestal do bioma), contraria estudos anteriores de que a espécie está associada às fitofisionomias abertas e de que não ocorre em vegetações mais fechadas.
A pesquisa traz, com este resultado, relevante contribuição para a ampliação do conhecimento sobre a fauna do Cerrado e da Mata Atlântica, dois hotspots mundiais prioritários para a conservação.
Fonte: Assessoria de Comunicação / IF
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