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Um grupo de estudos sobre a arborização urbana de Campinas (SP) levantou questionamentos sobre o laudo que apontou a necessidade de remoção de 108 árvores do Bosque dos Jequitibás. Dentre os pontos está a identificação precária das espécies. Dois dos membros que fizeram a vistoria indicaram que há espécies que devem ser mantidas.

O grupo é formado por engenheiros florestais, professores, pesquisadores e técnicos de entidades como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Coordenador da Rede Sudeste de Jardins Botânicos, o biólogo José Ataliba Mantelli Aboin Gomes defende que o laudo sequer nomeia as árvores e referencia as fotos. Segundo ele, são 141 fotos sem legenda, o que impede o entendimento.

“Um laudo muito mal redigido, sem identificação e sem seguir a legislação municipal que adota uma série de parâmetros que têm que ser apresentados para suprimir uma árvore. Então desde o nome científico, diâmetro, altura, coordenada geográfica, a identificação da espécie”, resume.

Já a prefeitura argumenta que o objetivo foi identificar o comprometimento das árvores e não fazer um Inventário Florestal, no qual devem constar dados como a espécie, o diâmetro, os nomes científico e popular, entre outros.

Apresentado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos, o laudo que indicou a necessidade das árvores tem as assinaturas do diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), vinculado à pasta, e pela diretora técnica ambiental.

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