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O deputado Carlos Giannazi (terceiro da esq. à dir.)

Em live transmitida pela Rede Alesp, em 24/9, Carlos Giannazi (PSOL) deu voz aos pesquisadores dos institutos atacados pelo Projeto de Lei 529, entre eles João Paulo Teixeira, presidente da APqC. Para ele, o PL de Doria é a pá de cal em uma crise que já vem há anos. “Não há concursos. Os institutos estão com 40% de seus cargos vagos.”

A bióloga Inês Cordeiro vê a fusão dos institutos de Botânica, Florestal e Geológico como um segundo golpe à pesquisa de espécies vegetais, uma vez que o Jardim Botânico está em processo de concessão. “Teremos de pedir licença para coletar espécimes”, lamentou.

A ecóloga Helena Lutgens teme o fim da colaboração entre o Instituto e a Fundação Florestal, o primeiro voltado à pesquisa e a segunda, à gestão das áreas de proteção e extração.

Engenheiro civil e ambiental, Paulo Fernandes destacou a consultoria técnica que o Instituto Geológico oferece para órgãos públicos como a Defesa Civil, que se baseia em estudos de solo para fazer a gestão de riscos e desastres. Como essas mensurações dependem de tecnologia, é importante reinvestir em equipamentos, o que deixará de acontecer se as receitas do instituto forem sequestradas pelo Estado, conforme prevê o PL 529.

“A Sucen impediu que o surto de febre amarela de 2017 atingisse a capital”, afirmou o biólogo Horácio Telles, alertando que o impacto econômico de uma doença descontrolada é imensamente maior do que qualquer economia que o PL 529 possa trazer.

Fonte: Assessoria do deputado Carlos Giannazi / ALESP

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