pqc

A pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Alessandra Alves de Souza, foi a única brasileira contemplada com um prêmio oferecido pela Office of International Programs (OIP) da Sociedade Americana de Fitopatologia (APS). A premiação, que aconteceu em agosto no “International Congress of Plant Pathology: Plant Health in A Global Economy”, em Boston, nos Estados Unidos, foi um reconhecimento por sua contribuição com atividades internacionais de proteção fitossanitária.
A pesquisa de Alessandra Alves resultou em avanços consideráveis no controle da colonização de Xylella fastidiosa em plantas de citros, por meio de técnicas que envolvem o uso de transgenia e da molécula N-acetil-cisteina (NAC), conhecida no tratamento de infecções bacterianas nas vias aéreas de humanos. A NAC mostrou-se eficiente no controle de fitopatógenos dos citros, incluindo a Xylella.
Em entrevista ao site Revista Da Fruta, a pesquisadora afirmou que não há nenhum produto disponível no mercado voltado para o controle desse fitopatógeno, de modo que, comprovada a eficiência do NAC, surgem novos métodos fitossanitários na agricultura: “E ainda tem a vantagem de ser benéfica para a saúde humana e sustentável ao meio ambiente, por ser um análogo do aminoácido cisteína”, disse ela. Além do combate à Xylella fastidiosa, o NAC se mostrou eficiente também no controle da Xanthomonas citri, causadora do chamado “cancro cítrico”.
Além da pesquisadora brasileira, outros três cientistas foram premiados: Peter Bonants, pesquisador da Wageningen Plant Research, da Holanda; James Dale, professor na Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália; e Mathews Paret, professor assistente na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Segundo Alessandra, o prêmio “aumentou a motivação para o grupo do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, do IAC, ao dar andamento nas pesquisas científicas pela manutenção da liderança do agronegócio citrícola”.

Compartilhar: