agricultura

Estudos desenvolvidos em várias universidades e instituições de pesquisa apontam que a agricultura, a economia e a sociedade brasileiras têm muito a ganhar com o aprimoramento de técnicas de manejo do solo e maior utilização de insumos biológicos, segundo informou recentemente a Agência Fapesp.

Entre as melhorias mais promissoras – algumas já prontas para aplicação e bastante testadas – destacam-se o plantio direto com rotação de culturas e o uso de produtos à base de resíduos orgânicos e microrganismos.

Segundo estimativa do professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) Paulo Sérgio Pavinato, ouvido pela reportagem, em conjunto, esses aperfeiçoamentos podem propiciar economia de mais de 20 bilhões de dólares ao longo das próximas décadas considerando somente a redução de fertilizantes fosfatados. Haveria também economia na compra de outros tipos de insumos, vantagens produtivas e socioambientais a médio e longo prazo com a melhoria do solo e práticas mais sustentáveis.

Como benefício adicional, o país conquistaria uma posição mais segura em relação a possíveis flutuações e abalos nas relações e no comércio internacionais, uma vez que a agricultura brasileira se tornaria menos dependente da importação de insumos (hoje cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados).

A adoção de rotação de culturas e uso de plantas de cobertura, assinala Pavinato, além de aumentar a eficiência do aproveitamento do fósforo já estocado no solo, pode aumentar a resistência das lavouras às secas, que, em razão inclusive das mudanças climáticas, vêm se tornando mais frequentes.

Pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e insumos

O conjunto de técnicas de manejo e insumos potencialmente vantajosos para a agricultura e o meio ambiente abordado na mesma matéria de Fapesp, de autoria de Elton Alisson, inclui fertilizantes organominerais desenvolvidos pela Embrapa Solos, e pesquisas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com fertilizante orgânico à base de lodo do esgoto. Um terceiro e promissor tipo de insumo biológico apontado pela reportagem, atualmente em processo de pesquisa e desenvolvimento pelo Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), são microrganismos “solubilizadores”, que ajudam as plantas a absorver o fósforo já disponível no solo.

Para ler a reportagem completa e acessar links para estudos aqui mencionados, clique aqui.

Fonte: Ipea

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