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O Instituto Butantan (foto) alcançou o ranking dos top 10 produtores mundiais de vacinas por faturamento em 2021, de acordo com o último Global Vaccine Market Report, relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro. A inclusão do Butantan no documento ajuda a consolidar a posição do instituto como um produtor global de imunobiológicos e reflete a sua expansão para além do território brasileiro, exemplificada por ações como a recente exportação de vacinas contra a gripe para países como Equador e Uruguai.

Segundo o relatório da OMS, o Butantan está entre os 10 produtores de vacinas com maior faturamento, excluindo imunizantes contra Covid-19, e é responsável por 1% do faturamento mundial do mercado. No período analisado, o instituto forneceu um total de 100 milhões de doses de vacinas como gripe, hepatite A, hepatite B, DTaP e raiva. Toda a receita obtida é utilizada para a pesquisa e desenvolvimento de novos imunizantes, como dengue e Chikungunya.

“É um resultado importante que coloca o Butantan ainda mais em evidência, principalmente como o principal produtor da América Latina. Isso se deve, principalmente, ao fornecimento de doses da vacina da influenza para as campanhas de vacinação do Uruguai, Equador e Nicarágua, que ocorreu neste ano”, diz o diretor de Parcerias Estratégicas e Novos Negócios do Butantan, Tiago Rocca.

A exportação foi possível após a inclusão da vacina Influenza do Butantan na lista de imunizantes pré-qualificados da OMS em 2021. Em abril deste ano, o instituto enviou 700 mil doses para o Uruguai e 225 mil doses para a Nicarágua, e em agosto, foram exportadas 1 milhão de doses para o Equador, via edital da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“Também é relevante que o Butantan tenha alcançado esta posição mesmo no contexto atual de pandemia, em que aconteceram muitas mudanças no mercado de vacinas com a chegada de novos produtores”, completa o diretor. No total, 90 fornecedores globais, sendo 10 sem histórico de produção de imunizantes, entraram nesse mercado em resposta à pandemia de Covid-19.

O documento aponta, ainda, que cerca de 70% das 16 bilhões de doses distribuídas no mundo são provenientes de apenas 10 fornecedores. No entanto, esse cenário pode se modificar nos próximos anos, descentralizando a produção de imunobiológicos. “A base de produtores tem crescido como resultado de investimentos em novas vacinas; produtores nacionais de grandes países, como Brasil, China e Índia, ampliando os seus mercados; e a expansão do programa de pré-qualificação da OMS”, aponta o relatório.

Em 2021, além das vacinas contra influenza e outras doenças, o Butantan também forneceu ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde 100 milhões de doses de CoronaVac, contra a Covid-19, produzidas em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Sobre o relatório

O Global Vaccine Market Report é um resultado da iniciativa Market Information for Access to Vaccines (MI4A), lançada em 2018 pela OMS para aumentar a transparência do mercado global de vacinas e entender a sua dinâmica de oferta e demanda. O objetivo é identificar problemas de acessibilidade e escassez e incentivar parcerias para fortalecer a capacidade produtiva internacional e democratizar o acesso às vacinas.

Fonte: I. Butantan

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