cafezal

Muita gente não sabe, mas, entre casas, ruas e arranha-céus, existe uma grande área verde destinada a um cafezal em São Paulo. É o maior cafezal em área urbana do mundo, com cerca de 10 mil metros quadrados – e ele está localizado no Instituto Biológico, fundado em 1927.

Uma vez por ano, o Instituto Biológico abre suas portas à população, para que ela participe da colheita do café ao lado de pesquisadores especialistas, proporcionando uma experiência única. Todas as principais variedades de café desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC) podem ser encontradas no local.

Este ano, o início da colheita de café no Estado de São Paulo acontecerá no dia 27 de maio, sábado. A data foi definida no último dia 10 de abril entre o Instituto Biológico e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). O evento, conhecido como “Sabor da Colheita”, terá parceria com a Nestlé em sua 16ª edição e integra as comemorações do Dia Nacional do Café, celebrado no dia 24 de maio.

Nesta data, haverá ainda um encontro técnico envolvendo pesquisadores dos Institutos de Pesquisa que têm projetos relacionados com o café, técnicos das coordenadorias de Assistência Técnica Integral (CATI) e de Defesa Agropecuária; produtores rurais, representantes da Nestlé e de entidades do setor, para trocar experiências e discutir perspectivas para o setor.

Café no Instituto

Na metade da década de 1950, foram plantados no terreno do Instituto Biológico cerca de 2,5 mil pés de café com a finalidade de servir como objetos de pesquisa científica. “Desde 2017, a produção é totalmente orgânica, tendo passado por um período de transição”, ressaltou a pesquisadora Harumi Hojo para a revista Café Point. São mil pés de café divididos entre as variedades mundo novo e catuaí.

Atualmente o propósito do cafezal é ser um instrumento de educação ambiental, didático, histórico e cultural, destinando-se às pessoas que desejam conhecer uma plantação de café, sua história e outras particularidades, além dos princípios das boas práticas agrícolas, sustentabilidade e agricultura regenerativa.

A colheita é toda manual. A secagem dos grãos é realizada ali mesmo, em terreiros suspensos, por um tempo em torno de quinze a vinte dias. A torra é realizada por um parceiro do interior de São Paulo, que segue os protocolos em relação ao café orgânico. Parte dos grãos é doada ao Fundo Social de São Paulo e parte fica para pesquisas.

O Cafezal do Instituto Biológico pode ser visitado. Basta agendar através do e-mail [email protected]. Ele fica na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252, na Vila Mariana.

Com informações da SAA e Café Point / Foto: Harumi Hojo, pesquisadora do Instituto Biológico (Agência Ophelia)

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