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Comemorar o aniversário com a celebração das conquistas. Assim será a festa dos 132 anos do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). Entre as recentes pesquisas de impacto do instituto está um método inédito capaz de avaliar os resíduos de  produtos químicos nas vestimentas dos trabalhadores rurais, a resistência dos tecidos às lavagens e até a possível contaminação do solo, em caso de chuva ou de degradação do Equipamento de Proteção Individual (EPI). Outra é uma parceria entre o IAC e a Natura  que resultou em um perfume inédito no mundo, a partir da imersão na biota na Mata Atlântica, realizada pela equipe do IAC em busca de espécies nativas com potencial aromático. Destaque também para os oito cultivares de várias espécies, incluindo milho, batata, cana-de-açúcar, sorgo e citros, registradas no último ano. A cerimônia de comemoração será realizada hoje (27 de junho de 2019), a partir das 10h, na fazenda Santa Elisa do IAC, em Campinas.

“O impacto dos resultados do IAC na agricultura é absolutamente grande, é imensurável e pode ser crescente”, diz o diretor-geral do IAC, Marcos Antonio Machado. Para ele, tão importante quanto desenvolver as tecnologias é transferi-las ao agricultor. “Ele é o usuário final da tecnologia e a reverte em alimentos para a sociedade”, afirma.

Outro aspecto forte do IAC ressaltado pelo diretor é a credibilidade junto aos agricultores e à indústria de agrotransformação em São Paulo e no Brasil. Segundo Machado, o IAC é reconhecido como instituto tradicional e dedicado ao desenvolvimento do setor agrícola. “Essa credibilidade se mantém ao longo de 132 anos. Não é qualquer coisa. 132 anos é uma data expressiva e diz que temos que olhar para o futuro agora e ver como nós repetiremos esses 132 anos”.

Nesse período, relata o diretor, o IAC participa do desenvolvimento da agricultura brasileira com a produção de novas cultivares em todas as áreas da agricultura. “Por isso se constitui em um dos principais centros de pesquisa”, avalia.

Ao olhar para parte dos resultados gerados pelo Instituto, como as 1083 cultivares desenvolvidas de 100 espécies, o diretor considera que o impacto da produção desses pacotes tecnológicos reflete na produção de alimentos na medida em que essas inovações proporcionam novos plantios, maior produtividade e redução de custo de produção. “O problema da fome no Brasil não existe na proporção de décadas atrás graças à tecnologia desenvolvida para o setor agro, que é o mais dinâmico do Brasil. Isso tem a participação de tecnologias geradas pelo IAC e demais institutos da Secretaria de Agricultura, além de outras instituições de pesquisa do Brasil”, avalia.

O diretor também ressalta a competitividade da equipe do IAC na obtenção de recursos junto às agências de fomento à pesquisa em níveis estadual e federal. Segundo Machado, pesquisador da área de citros do Instituto, a continuidade dos programas de pesquisa e desenvolvimento depende desses suportes. “Esse apoio não é dado de graça, ele é concedido diante da competitividade, da produtividade e da eficiência do pesquisador. De outra forma, é muito difícil se inserir no sistema brasileiro de ciência e tecnologia”, diz.

De olhos no futuro, Machado considera que é necessário pensar em qual será a próxima agricultura e incorporar as ferramentas que ligadas à agricultura de precisão, internet das coisas, produtividade e conservação ambiental. “Temos que nos debruçar sobre essas preocupações para atender às demandas do mundo atual”, planeja.

Prêmio IAC 2019

Em cada aniversário, o IAC homenageia um pesquisador científico e um funcionário de apoio por suas contribuições à pesquisa. Neste ano, serão agraciados com o Prêmio IAC 2019 o pesquisador Eduardo Sawazaki, responsável pelo desenvolvimento de cultivares de milho e sorgo. O funcionário que será premiado é Carlos Aparecido Fernandes, que atua na área de grãos e fibras do IAC, há 28 anos. O Prêmio IAC também será entregue ao produtor rural Esdras Pinto Vilhena.

Este ano também será feita uma homenagem especial a dois servidores pelo tempo de dedicação ao IAC — Iolanda Lurdes da Silva Sousa e José Aparecido Nogueira estão no Instituto há 57 anos.

Entre hoje e amanhã, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) publicará, neste site, uma série de reportagens sobre as principais pesquisas recentes realizadas pelo IAC.

Com informações da Assessoria do IAC

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