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Há 133 anos, apesar de viver um acelerado ritmo de crescimento econômico graças à cafeicultura e ao processo de industrialização, São Paulo ainda não conhecia a totalidade de seu território. Assim, no dia 27 de março de 1886, um grupo de pesquisadores fundava a Comissão Geográfica e Geológica (CGG), cujo objetivo era investigar e conhecer o território paulista, contribuindo assim para o desenvolvimento e a ocupação territorial do interior do Estado.

No início, a CGG destinou-se a realizar pesquisas e levantamentos detalhados sobre o solo, clima, geomorfologia, geologia e hidrografia. Isso foi feito por meio de uma série de expedições exploratórias aos lugares mais recônditos – expedições estas repletas de dificuldades, perigos e imprevistos, pois até então era impossível aos pesquisadores saber o que encontrariam pela frente. Naturalistas famosos participaram da comissão pioneira, entre eles Theodoro Sampaio, Albert Loefgren, Orville Adelbert Derby, Francisco de Paula Oliveira e Luiz Felipe Gonzaga de Campos.

Os levantamentos científicos duraram até 1931, e quase todos os materiais que resultaram de suas pesquisas (mapas, relatórios, documentos, fotografias, equipamentos, etc.) passaram a pertencer a diversos órgãos e instituições de pesquisa, como o Instituto Geológico, o Instituto de Botânica, o Instituto Florestal, o Instituto Geográfico e Cartográfico, o Museu de Zoologia e o Museu de Arqueologia e Etnologia, dentre outros.

Em 2010, no Instituto Geológico, foi criado o Núcleo Curadoria do Acervo Histórico para identificar, organizar, descrever, preservar e divulgar o acesso às informações de uma importante documentação relativa aos estudos geocientíficos que nortearam a ocupação do solo no Estado de São Paulo. O acervo abrange o período entre 1886 e 1975 e seu objetivo maior é o de manter a conservação dessa documentação para as futuras gerações e permitir o fácil acesso às informações para pleno uso dos cidadãos e dos pesquisadores.

Em 45 anos de existência, lançou diversas publicações, colaborando, com suas pesquisas, para o reconhecimento e planejamento do espaço territorial paulista.

Para visualizar fotos das expedições históricas, clique aqui.

Bruno Ribeiro, com informações da assessoria de imprensa do Instituto Geológico.

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