david uip

O governo de São Paulo anunciou que está investigando quatro mortes suspeitas por coronavírus e que há um total de 162 casos no estado. Ontem (17) foi registrada a morte de um homem de 62 anos, sem histórico de viagens recentes, que começou a sentir os sintomas da doença no último dia 10.

O secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, e o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, em entrevista coletiva, confirmaram o primeiro óbito por coronavírus no Brasil. Apesar do caso ter ocorrido na rede privada, o governo se prepara para receber uma onda de internações na rede pública. “Inicialmente, impactou o sistema privado. É questão de dias, horas para impactar o sistema público”, disse o infectologista David Uip.

Uip afirmou que o governo estuda a possibilidade de utilizar alguns hospitais apenas para atender pacientes de coronavírus. Além de aumentar as vagas de UTI, o governo pretende aumentar a quantidade de testes. “Nós entendemos que é adequado tentar ampliar os centros de diagnóstico. Mas insisto: existe o mundo ideal e o real. O mundo ideal é fazer exames para todo mundo, isso não é real”, afirmou Uip, que elogiou o trabalho realizado pelos pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, que até o momento já analisaram mais de três mil amostras.

Segundo o médico, a pandemia tem gerado grande preocupação em relação aos profissionais da saúde, pois a experiência têm mostrado uma evolução rápida dos casos e alguns médicos e enfermeiros já estão contaminados. O representante do governo fez também um apelo à população, devido ao baixo estoque dos bancos de sangue. Conforme a administração estadual, o hospital com maior estoque tem quantidade suficiente para apenas uma semana.

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