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O Brasil perdeu nestas eleições a chance de construir uma bancada forte para defender a educação e a ciência. Ex-reitores de universidades, professores, pesquisadores de renome internacional e lideranças sindicais e estudantis se apresentam para fazer frente às bancadas do atraso que chancelaram retrocessos e defender projetos em prol de áreas fundamentais para a reconstrução do país.

Da educação e da ciência dependem a tecnologia, a saúde, a economia, o meio ambiente e o desenvolvimento como um todo. Havia pelo menos 100 candidaturas formalmente comprometidas concorrendo ao Senado, Câmara, Assembleias e governos. Apenas 18 foram eleitas.

Dos cinco nomes em disputa ao Senado, venceu somente Tereza Leitão (PT) em Pernambuco. Um nome desperdiçado pelo eleitorado no Distrito Federal foi o da professora aposentada e secretária de finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Rosilene Corrêa (PT-DF) – que teve votação expressiva, mas ficou em terceiro, com 22,4%.

Na disputa à Câmara estavam 43 candidaturas, mas apenas sete conseguiram se eleger. Não obtiveram votos necessários o cientistas Ricardo Galvão (Rede-SP), demitido por Bolsonaro no primeiro ano de seu governo. O então diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) perdeu o emprego por divulgar dados sobre desmatamento da Amazônia coletados pela instituição.

Bancada da educação e ciência: luta muito maior

Outro que não conseguiu foi o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e ex-presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Edward Madureira, candidato a deputado federal pelo PT de Goiás. Outros especialistas em educação que ficaram de fora são o professor e presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação Pública do Mato Grosso do Sul Jaime Teixeira (PT). E os professores Rosa Neide (PT-MT) e Ivan Valente (Psol-SP), combativos nas comissões que discutem educação.

Já nas Assembleias, foram eleitas 10 das 49 candidaturas. Entre elas, a da estudante Ana Júlia Ribeiro (PT) no Paraná, a jovem que defendeu a escola pública na Assembleia, explicando aos parlamentares por que os estudantes as estavam ocupando, em 2015. E Bia de Lima, presidente do Sintego e da CUT em Goiás.

A educação apresentou nomes como o do professor Heleno Araújo (PT), presidente da CNTE, ao legislativo de Pernambuco. E de Helenir Aguiar Schurer (PT), professora da rede estadual e presidente do CPERS Sindicato. No entanto, ambos não foram eleitos.

Fonte: RBA

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