A repórter Isabella Marzolla, do blog Inconsciente Coletivo, entrevistou José da Rocha Carvalheiro, professor aposentado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, pesquisador e ex-diretor do Instituto de Saúde. A conversa girou em torno do novo coronavírus, seus impactos sobre a saúde pública e o que podemos esperar da ciência dentro do atual cenário.

Segundo o pesquisador, cientistas podem identificar os anticorpos capazes de impedir a reprodução do vírus até o fim deste ano. No entanto, será necessária mais uma etapa relativamente longa para a avaliação de eficiência, eficácia e riscos da vacina em seres humanos. “Nós estamos, nesta altura do campeonato, num imperfeito conhecimento da história natural dessa doença (Covid-19)”, afirma.

Enquanto a vacina não surge, Carvalheiro comenta as alternativas “não farmacológicas” para conter a epidemia. A primeira, adotada na China e Coreia do Sul, é a intensa aplicação de testes diagnósticos. No Brasil, apesar dos esforços dos laboratórios públicos, como Instituto Butantan e Bio-Manguinhos, ainda é necessária a importação desses testes em larga escala. A segunda, que vem sendo adotada com mais intensidade no Brasil, é o isolamento social.

O que fazer se aumentar o número de casos e diminuírem os leitos disponíveis? Carvalheiro chama a atenção para o fato de que a recomendação da OMS, adotada pelos países que tiveram maior sucesso na contenção da epidemia, é o isolamento social, cuja intensidade depende basicamente da variação dos cenários. Quanto maior o número de casos, mais radical deve ser o isolamento, e vice-versa.

Clique abaixo para ver a entrevista na íntegra.

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