feijao carioca

O feijão Carioca, o tipo de feijão mais consumido no País, curiosamente não tem nenhuma ligação com o Rio de Janeiro. O nome da variedade surgiu devido a sua semelhança com uma raça de porco, há quase 50 anos, em uma fazenda no interior de São Paulo.

O tipo “carioquinha”, como é conhecido, é a preferência de 60% dos brasileiros, segundo a Embrapa. Sua história começou no município de Palmital, interior de São Paulo – bem longe do Rio de Janeiro, contradizendo o boato que compara as listras do grão com o desenho do famoso calçadão de Copacabana. A origem é resultado do cruzamento natural de outras variedades do grão.

No início dos anos 70, em um acompanhamento de campo dos pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), um produtor da região apresentou um grão diferente, que havia aparecido na sua plantação, de cor marrom-clara e listras escuras.

“Nessa época, o IAC já fazia um trabalho para desenvolver novos tipos de feijão. Quando o produtor apresentou o grão, foram feitos testes e foi observado que a variedade era mais resistente a doenças e mais produtiva”, contou o pesquisador do IAC, Alisson Fernando Chiorato.

A característica marrom-rajada do grão foi associado a coloração de uma raça de porco criada na região conhecida como “Carioca” – que também tem uma pelagem marrom clara e manchas escuras. Em 1971, o IAC lançou oficialmente o feijão Carioca e começou a distribuir amostras para o cultivo. Desde a descoberta do feijão carioca, já foram desenvolvidas mais de 40 variações de feijão do mesmo tipo, segundo o Instituto.

Chiorato também contou que o surgimento do Carioquinha impulsionou o mercado do feijão. Antes o grão era comercializado apenas em feiras, por peso. A partir do aperfeiçoamento, aumentou sua oferta e a indústria empacotadora se interessou pelo produto – surgindo diferentes tipos e marcas.

Com informações do g1

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