buta vacina

Na sexta (3/2), um novo carregamento de 1.895.600 doses de CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, foi encaminhado ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). Os imunizantes são destinados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), que fará a distribuição aos estados e municípios. As vacinas serão utilizadas na vacinação das crianças e adolescentes contra a Covid-19, especialmente os meninos e meninas de 3 a 5 anos.

As doses foram adquiridas por meio de um quarto aditivo ao contrato de compra de 10 milhões de doses da CoronaVac, firmado entre Butantan e PNI em janeiro de 2021, logo depois que o imunizante foi autorizado para uso na população de 6 a 17 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

O primeiro aditivo, para a compra de mais 1 milhão de doses, foi negociado em setembro de 2022 – dois meses após a Anvisa ampliar a autorização de uso da CoronaVac para o público de 3 a 5 anos, em julho do mesmo ano. O segundo aditivo, de mais 1 milhão de doses, foi firmado em novembro de 2022, e o terceiro, para a compra de outras 750 mil doses, ocorreu em janeiro de 2023.

Com a entrega de hoje, o Butantan já encaminhou ao Ministério da Saúde cerca de 14,6 milhões de doses de CoronaVac para a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 desde o início de 2022.

De acordo com a plataforma LocalizaSUS do Ministério da Saúde, até o início de 2023 apenas 3,9% das crianças brasileiras de até 5 anos haviam completado o esquema vacinal primário de duas doses contra a Covid-19. Isso equivale a 584.456 meninos e meninas expostos ao risco da doença, que causou a morte de uma criança de seis meses a 5 anos por dia no Brasil em 2022.

A CoronaVac é uma vacina segura e tem alta eficácia para o público infantil. Uma pesquisa conduzida no Chile durante o surto da variante ômicron do vírus SARS-CoV-2 mostrou uma efetividade de 69% do imunizante contra a internação de crianças de 3 a 5 anos. Além disso, dados de farmacovigilância do país andino apontam que a vacina foi a mais segura para as crianças e registrou a menor taxa de eventos adversos (10,67 notificações a cada 100 mil doses).

No Brasil, a taxa de incidência de eventos adversos em crianças e adolescentes foi de 0,76 para 100 mil doses aplicadas, conforme as notificações recebidas pela Farmacovigilância do Instituto Butantan. Isto é, a notificação de eventos adversos entre os menores de 17 anos que tomaram a vacina do Butantan e da Sinovac foi inferior a um caso a cada 100 mil doses administradas, o que comprova a baixíssima reatogenicidade da CoronaVac na faixa etária de 6 a 17 anos.

Fonte: I. Butantan

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