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O Instituto Butantan enviou ao governo federal mais 1 milhão de doses da CoronaVac, vacina do Butantan contra a Covid-19 produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, para a imunização de crianças e adolescentes. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União e o caminhão com o novo carregamento de vacinas deixou a sede do Butantan na última quinta-feira (10), com destino ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos.

Em 2022, pelo menos 900 crianças e adolescentes morreram em decorrência da Covid-19 no Brasil. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde da semana epidemiológica de 16 a 22 de outubro, 132 pessoas de zero a 19 anos faleceram em decorrência de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19, e 776 meninos e meninas da mesma faixa etária morreram em consequência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), também associada à doença.

A nova remessa de 1 milhão de doses é o segundo aditivo ao contrato para o fornecimento de 10 milhões de doses, firmado entre o Butantan e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) no início de janeiro. Um primeiro aditivo de 1 milhão de doses já havia sido encaminhado em setembro. A estimativa é que são necessárias cerca de 12 milhões de doses para vacinar todas as 6 milhões de crianças brasileiras de 3 a 5 anos com as duas doses do imunizante.

A ampliação da recomendação de uso da CoronaVac para a população menor de 18 anos foi realizada em duas etapas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): na primeira, em 20/1, o imunizante foi aprovado para 6 a 17 anos; posteriormente, em 13/7, houve a extensão para 3 a 5 anos.

O envio da nova carga de doses ao Ministério da Saúde ocorre em meio a uma nova onda de aumento de casos de Covid-19, que pode estar relacionada à chegada da variante BQ.1 do vírus SARS-CoV-2. Além disso, a vacinação das crianças brasileiras contra a Covid-19 está abaixo do esperado. Estimativas apontam que somente uma a cada dez crianças de 3 a 4 anos estão com o esquema vacinal completo.

Fonte: I. Butantan

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