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O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem como um de seus objetivos realizar pesquisas e oferecer serviços técnicos especializados em sanidade animal e sanidade vegetal. O uso de ferramentas da genômica é fundamental para garantir a precisão dos resultados, além de acelerar a descoberta e caracterização de novos patógenos ou pragas que constantemente ameaçam a produção agropecuária.

Investimentos robustos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) no Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), que o Instituto Biológico executa desde 2018, tanto em equipamentos quanto em recursos humanos, têm possibilitado o avanço no conhecimento nestas áreas. Recentemente, o pesquisador Daniel Kumazawa Morais veio para reforçar o time do IB com sua experiência em bioinformática, principalmente no estudo de microbiomas.

Biólogo formado pela Universidade Federal do Mato Grosso, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Viçosa, Daniel realizou estágio pós-doutoral no Instituto René-Rachou (FIOCRUZ-MG) e trabalhou como bioinformata por quatro anos no Instituto de Microbiologia da Academia Tcheca de Ciências. É um dos idealizadores do Brazilian Microbiome Project, iniciativa que visa coordenar e apoiar as diversas pesquisas que estão sendo realizadas sobre o tema no país.

“A bolsa de Jovem Pesquisador associada ao PDIP-FAPESP motivou-o a retornar ao Brasil, por possibilitar liderar um grupo de pesquisa focado no emprego de ferramentas da bioinformática e da inteligência artificial para a caracterização e compreensão do microbioma de solos brasileiros”, explica Ricardo Harakava, diretor da Unidade Laboratorial de Referência em Biologia Molecular Aplicada do IB.

Harakava ressalta que esta área do conhecimento está em franco desenvolvimento no Brasil e no mundo e trará grandes avanços no entendimento de como a comunidade de microrganismos influencia o desenvolvimento das plantas, a ocorrência de doenças, a disponibilização de nutrientes, a tolerância a estresses abióticos, entre outros fatores que afetam a produtividade das plantações. Além disso, “como docente do programa de pós-graduação, fomentará o emprego de ferramentas da genômica e da bioinformática nas diversas áreas de pesquisa do Instituto Biológico”, conclui.

Marcelo Eiras, pesquisador do Instituto Biológico trabalhou, desde novembro de 2021, em seu estágio pós-doutoral, sob a supervisão do professor José-Antonio Daròs, no Instituto de Biologia Molecular e Celular de Plantas (IBMCP), Universidade Politécnica de Valência, desenvolvendo pesquisas com viróides, minúsculos RNAs que podem causar doenças em plantas de importância para a agricultura. Além disso, Eiras também atuou no desenvolvimento de sistemas que utilizam algumas propriedades dos viróides para produzir moléculas de interesse biotecnológico, que podem ser úteis tanto em estudos básicos de biologia celular como para o desenvolvimento de novas estratégias para o controle de doenças e pragas, de modo sustentável.

Atualmente, Marcelo Eiras é pesquisador científico, nível VI, lotado no Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia (LFF), do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Sanidade Vegetal, do IB. Docente, desde 2010, e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio do Instituto Biológico. Eiras tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: interação de viróides com fatores do hospedeiro; identificação e caracterização de viróides e pequenos RNA; identificação e caracterização de vírus de plantas; desenvolvimento de ferramentas sorológicas e moleculares para diagnóstico de vírus e viróides; avaliação de genótipos para resistência a vírus e viróides; epidemiologia de vírus e viróides.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio de uma Bolsa de Pesquisa no Exterior (BEP), vinculada ao Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP).

Segundo a diretora-geral do Instituto Biológico, Ana Eugênia de Carvalho Campos, “a experiência em um Centro de Excelência, como na Universidade de Valencia, traz inúmeros benefícios, tanto para o pesquisador, quanto para o Instituto Biológico. O pesquisador tem a oportunidade de conhecer pessoas diferentes, novas técnicas e até mesmo áreas que são incorporadas nas atividades da instituição em sua volta, o que nos permite atender melhor as demandas que chegam do setor e gerar novos conhecimentos. Ainda, a participação colaborativa com instituições internacionais potencializa os resultados de trabalhos científicos ampliando o impacto internacional da ciência produzida pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo”.

Fonte: IB

 

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