boi

O boi mais sustentável do mundo já tem um endereço certo. Ele deve vir de uma fazenda que está prestes a ser concluída. Trata-se do Centro de Pesquisa em Pecuária Sustentável, no município de São José do Rio Preto (SP). O projeto é do Instituto de Zootecnia (IZ). O órgão faz parte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Em entrevista, a zootecnista Renata Branco, pesquisadora do IZ, deu alguns detalhes desse projeto que deve ser inaugurado ainda em dezembro. “Esse centro foi projetado cadeia produtiva nessa temática tão importante. Trata-se de um centro virtual de neutralidade climática da pecuária de corte nas regiões tropicais. O nosso objetivo é que tenhamos dados nas mãos das regiões tropicais”, diz Branco.

A nova unidade de pesquisa não será apenas uma vitrine da mais alta tecnologia da pecuária sustentável para o Estado de São Paulo, mas para todo o País. A fazenda modelo terá uma área de 220 hectares e receberá um investimento inicial de R$ 20 milhões. A partir deste centro, serão desenvolvidas e avaliadas tecnologias que possam ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa de bovinos. E mostrar como o boi brasileiro é o mais sustentável do mundo.

As pesquisas estarão relacionadas a aditivos nutricionais para bovinos em confinamento, recria intensiva, terminação intensiva a pasto, e confinamento. O centro já faz parte de uma parceria público-privada, segundo a pesquisadora. Entre as empresas que estão participando estão a JBS, a DSM, a Silvateam e a Alltech. “Toda a cadeia produtiva, desde a indústria de nutrição animal até a indústria frigorífica entende que o tema da pecuária sustentável é muito importante”, diz Branco.

Vitrine tecnológica

Além de ser um espaço de desenvolvimento de estudos, o centro servirá como uma vitrine tecnológica constante para o pecuarista. Ele poderá visitar a propriedade para saber exatamente como tudo funciona.

O Centro de Pesquisa em Pecuária Sustentável faz parte do plano estadual de neutralidade climática e vai ajudar o Brasil a cumprir o acordo internacional de reduzir em 30% a emissão de metano nos próximos anos.

Fonte: Giro do Boi

Compartilhar: