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A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), representada por sua presidente, Patrícia Bianca Clissa, e por uma comitiva de diretoras, reuniu-se ontem (18) com o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para tratar de assuntos de interesse dos pesquisadores paulistas. “Saímos confiantes de que conseguiremos avançar em algumas pautas que têm preocupado a categoria.”, afirmou Patrícia.

Entre outros temas, a APqC manifestou ao parlamentar a sua preocupação com a redução do número de pesquisadores por instituto, resultado da falta de concursos públicos para repor os quadros de cientistas e técnicos que estão se aposentando ou pedindo exoneração para trabalhar no setor privado. “Quando uma pesquisa de décadas é interrompida porque não há pesquisadores que possam dar continuidada a ela, perde a sociedade – porque deixará de usufruir do resultado daquela pesquisa – e perde também o estado – porque o investimento feito acaba sendo desperdiçado.”, disse a presidente da associação.

O reajuste salarial dos pesquisadores científicos também foi discutido na reunião. Por ser uma reivindicação antiga da categoria, Patrícia Clissa apresentou ao deputado uma pequena exposição da situação em que encontram os cerca de 3,1 mil servidores vinculados aos institutos públicos de pesquisa: “Os servidores dos institutos de pesquisa estão sempre empenhados em ampliar e aplicar o conhecimento científico para desenvolver novas tecnologias e trazer soluções aos problemas que desafiam a sociedade nas áreas da agricultura, saúde e meio ambiente. No entanto, desde novembro de 2013, os vencimentos destes servidores foram reajustados em apenas 13,85%, sendo que a inflação acumulada no período foi de 70,80%.”, lembrou.

A presidente da APqC apresentou ainda uma proposta para que o salário dos pesquisadores alcance um patamar condizente com a realidade do Estado de São Paulo: “Por ser um valor semelhante ao aplicado por outras instituições de pesquisa em níveis estadual e federal, o vencimento do pesquisador científico nível I deveria passar dos atuais R$ 4.751,93 para R$ 10.686,41 (com os demais níveis segundo a proporção estabelecida na LC 727/1993).”, alegou.

A sugestão é que o governador Rodrigo Garcia encaminhe para a Alesp, assim que possível, um projeto de lei de reestruturação salarial para os servidores das instituições abrangidas pela lei complementar n. 125/75. “Pedimos o apoio do Carlão Pignatari para a aprovação deste projeto e ele se mostrou favorável.”, disse Patrícia.
Ao fim da reunião, o presidente da Alesp prontificou-se a agendar uma reunião da APqC com o secretário de governo, Marcos Penido, para que os pesquisadores possam fazer chegar ao poder executivo a proposta do projeto de reajuste salarial.

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