apqc1No dia 3 de junho, alguns membros da diretoria da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) estiveram reunidos com o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Dr. Luiz Eugênio Mello. Entre os assuntos tratados destacam-se:

Estudos para quantificar o retorno à sociedade dos investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação; realização de discussões e seminários estratégicos visando proposição de políticas públicas, formulação de propostas de projetos temáticos, financiamento de área tecnológica e da área científica, orçamento do estadual, política de recursos humanos para pesquisa, dentre outros; elaboração de propostas de mobilização patrimonial de próprios estaduais com gestão de recursos destinados à pesquisa; divulgação científica para diferentes públicos, por redes sociais, sites e empresas de comunicação em seus vários formatos.

Foi solicitado ainda à Fapesp: a revisão dos critérios de avaliação-definição de critérios e métrica (indicadores), que levem em conta a especificidade da missão dos Institutos de Pesquisa; como exemplo citou-se a inviabilidade de se comparar produtividade e competitividade dos pesquisadores com os docentes, lembrando que muitos IPs não possuem pós-graduação e mesmo aqueles que possuem não têm o volume de alunos que a universidade possui; maior participação de pesquisadores científicos (Lei Complementar 125/75) nas coordenações de área e comitês responsáveis por editais e seleção de projetos; ampliação de editais aglutinadores de competências (explorar a capacidade destacada da Fapesp para catalisar a integração entre as instituições de pesquisa e acadêmicas paulistas, etc.); que a Fapesp seja indutora e incentive no âmbito do Consip, a criação de um Plano de Ciência e Tecnologia para o Estado de São Paulo, e não programas isolados nas diversas secretarias.

A FAPESP quanto aos critérios de avaliação/indicadores, se mostrou bastante receptiva as reivindicações da APqC, solicitando que a associação leve propostas concretas de indicadores de produtividade científica/tecnológica que sejam reportáveis e aferíveis.
Quanto à composição de áreas e coordenação adjunta, o diretor da Fapesp pontuou que pretende ampliar com prudência a diversidade institucional, de gêneros e regional, informando que já há novos representantes do ITA, Unifesp e Federal de São Paulo. Disse que nas próximas alterações terá em mente colocar representantes dos Institutos de Pesquisa.

Quanto à diversidade de editais que contemplem a missão dos IPs, informou que é comum que a comunidade leve para a agência novas propostas, exemplificando por exemplo importantes programas como genoma, biota, PIPE, dentre outros, que não são ideias oriundas da Faspesp, mas sim que foram trazidas e incorporadas. Dessa forma, demostrou estar sempre aberto a propostas da APqC. Recordou também a recente chamada dos Núcleos de Pesquisa Orientada para Problemas(NPOP), que beneficiou os IPs.

O diretor revelou ainda desconhecimento jurídico de como poderia viabilizar a interação entre as instituições via CONSIP ou CONCITE. A assessoria jurídica da APqC se disponibilizou a enviar ao Dr. Luiz Eugênio Mello o material jurídico com as bases para que as discussões possam avançar, objetivando a criação do Plano Único Estadual de Ciência e Tecnologia.

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