A FAPESP está realizando, no período de 16 a 20 de dezembro de 2019, a votação para compor a lista tríplice para preencher uma vaga no seu Conselho Superior. Esta vaga é destinada às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa, Oficiais ou Particulares, em funcionamento no Estado de São Paulo, excetuadas as Universidades Estaduais Paulistas. As Instituições de Pesquisa do Estado de São Paulo que se credenciaram para votar até o dia 11/10/2019 foram: I. Botânica; I. Butantan; I. Economia Agrícola; I. Florestal; I. Tecnologia de Alimentos e SUCEN. Estas Instituições poderiam apresentar um candidato para representar os Institutos no Conselho Superior da FAPESP. Se inscreveram 2 representantes dos Institutos de Pesquisa, o Diretor do Instituto Butantan, Dr. Dimas Tadeu Covas e o PqC do I. Florestal Dr. Miguel Luiz Menezes Freitas. O currículo de ambos pode ser visualizado no site da FAPESP (https://votar.srv.br/fapesp2019/candidatos/index.html). O numero de PqCs que podem participar desta votação por instituto é dependente do numero de Doutores e de projetos na FAPESP (https://votar.srv.br/fapesp2019/documento/credenciadas.pdf), e aqueles que podem votar são indicados pela diretoria dos Institutos.)
A APqC considera de extrema relevância possuir um representante no Conselho Superior da FAPESP e apoia a candidatura do Dr. Dimas Tadeu Covas pelo seu empenho em reativar o Fórum dos Diretores, desde 2018, como um canal ágil para discutir as questões relevantes que os Institutos de Pesquisa vem enfrentando atualmente e também pela sua visão clara da distinção de papel entre os Institutos de Pesquisa e as Universidades na produção de conhecimentos aplicados à sociedade. Assim, estamos divulgando o seu plano de trabalho e a sua visão sobre os Institutos e como ele pretende atuar em caso de ser eleito como representante dos Institutos de Pesquisa.

Carta aberta do Dr. Dimas Tadeu Covas à categoria

Prezadas Pesquisadoras, Prezados Pesquisadores,
Os Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo são essenciais para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
Diferentemente das universidades, os Institutos têm por missão pesquisar, desenvolver e produzir conhecimentos, processos e produtos que visem sanar desafios vividos pela sociedade paulista e brasileira nos mais diversos setores, como a saúde, a agricultura, o meio ambiente e a indústria.
Para cumprir esta importante missão, os Institutos dependem do apoio do governo. O entendimento da especificidade desta missão é, portanto, fundamental para a obtenção perene deste apoio, que acontece por meio dos órgãos de fomento que são diretamente responsáveis pela avaliação, financiamento e, por fim, aprovação de projetos de risco.
E deste ponto origina o motivo da minha correspondência.
A FAPESP, órgão de fomento ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, tem por missão apoiar as atividades de P&D no Estado. O que vem ocorrendo, entretanto, é que os recursos orçados para esta atividade acabam sendo majoritariamente direcionados para projetos de natureza exclusivamente acadêmica, advindos das Universidades. É essencial que tanto a pesquisa, quanto a P&D sejam contempladas pelas políticas públicas.
Os Institutos há muito reivindicam critérios adequados não só para a avaliação dos seus projetos, como também da performance de seus pesquisadores. Há muitas resistências a estes pleitos, em parte pela falta de compreensão da atividade de P&D.
Por estes motivos, é fundamental que os Institutos tenham um representante seu no Conselho Superior da FAPESP. Até recentemente, isso era impossível dado o Estatuto que privilegiava as Universidades Públicas. Com a mudança do Estatuto da FAPESP, pela primeira vez, os Institutos têm a real possibilidade de serem representados no Conselho.
Assim, eu me increvi como representante dos Institutos para a eleição que se inicia hoje, dia 16 de dezembro, e se prolonga até o dia 20 de dezembro. Acredito que será a oportunidade ideal para iniciarmos, enfim, uma profunda discussão sobre a necessidade de nossas expertises para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado e do País, em um ambiente ainda alheio as nossas características.
Gostaria de contar com seu voto como representante dos Institutos de Pesquisa do Estado. Se escolhido, defenderei a pauta de Integração dos Institutos ao sistema de C&T do Estado e do fortalecimento e valorização da carreira de Pesquisador Científico do Estado.
Peço o seu apoio neste momento crucial para todos nós.
Cordialmente,
Dimas Tadeu Covas
Diretor do Instituto Butantan

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