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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou ontem (11) a retomada dos testes clínicos da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus que está sendo produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.

A Anvisa havia suspendido os estudos na última segunda (9) por conta de um “evento adverso grave” com um dos cerca de 10 mil voluntários da fase 3 dos testes da vacina. O diretor do Butantan, Dimas Covas, recebeu a suspensão com estranheza e disse que o incidente com o voluntário não teve qualquer relação com o imunizante. A imprensa revelaria depois que o “evento adverso grave” era, na verdade, um caso isolado de suicídio.

A agência se justificou dizendo que optou pela suspensão porque não teria recebido informações detalhadas do “evento adverso grave”. O Butantan, por sua vez, nega que não tenha fornecido as informações completas. Segundo o diretor do instituto, até mesmo o boletim de ocorrência da morte do voluntário foi encaminhado à Anvisa. Por este motivo, a suspensão dos estudos clínicos levantou dúvidas sobre a autonomia do órgão fiscalizador em meio à politização da vacina levada adiante por Jair Bolsonaro (em outubro, o presidente indicou à diretoria da Anvisa dois aliados políticos).

O Instituto Butantan deve retomar imediatamente os testes. Até o fim deste mês de novembro, mais de 120 mil doses da vacina CoronaVac chegam à São Paulo.

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