butantan mulheres

Já está no ar o site da iniciativa Mulheres da Alta Gestão do Butantan (mulheresaltagestao.butantan.gov.br), projeto que reúne gestoras de diferentes áreas do instituto para propor ações com o objetivo de aumentar a participação feminina nos cargos mais elevados da organização. O grupo reúne gerentes e diretoras do Instituto em encontros periódicos com a presença de convidadas em discussões e intercâmbios sobre os desafios que cada uma enfrenta em sua área de atuação.

No Butantan, a participação feminina na gestão é uma questão relevante: um terço das pessoas que trabalham no instituto são lideradas por mulheres e, ao contrário da vasta maioria das instituições, há participação feminina no conselho de diretores. Mas quando analisados os cargos decisórios mais altos, apenas um quarto dos gestores são mulheres – o que não reflete a proporção das demais posições do Butantan.

“A nossa reunião é voltada para a discussão de ferramentas de governança que deram certo e desafios e problemas ainda não solucionados. Discutimos gestão em um ambiente seguro, de confiança, onde podemos rir e tomar café juntas, e ter empatia uma pela outra. Nesse aprendizado de estímulo e reação, estamos criando uma nova visão em um mundo onde homens de gravata detêm o pré-conceito de serem mais competentes e de lidarem melhor com pressão”, explica a diretora de projetos estratégicos do Butantan, Cintia Lucci.

Além de Cintia, fazem parte do grupo a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi; a diretora de Tecnologia da Informação, Claudia Anania; a diretora de Assuntos Regulatórios e Qualidade, Patricia Meneguello; a diretora do Centro de Desenvolvimento Científico, Sandra Coccuzzo; a diretora técnica da Divisão Biotério Central, Vania Gomes; a gerente de projetos Jaqueline Borin; a gerente de RH Estratégico, Juliana Araújo; e a gerente de comunicação, Vivian Retz.

Uma das propostas do grupo é combater os vieses cognitivos e pensamentos adquiridos que perpetuam a ilusão de que os homens são mais capazes que as mulheres no ambiente empresarial. “Se tiramos diferenças individuais como currículo, disposição para o trabalho e a ambição de querer ou não um cargo de direção, nós restamos em um mundo onde uma parte da sociedade é naturalmente levada para a chefia simplesmente por serem homens”, lamenta Cintia.

Desde fevereiro, quando as atividades do grupo começaram, já foram realizadas quatro reuniões. Nelas, as gestoras do Butantan fazem reflexões sobre desafios do seu dia a dia, especialmente aquelas pautadas pela diferença de gênero, e conversam com uma convidada para ampliar ainda mais as discussões.

As visitantes são sempre mulheres de destaque em seus campos de atuação. Em 11/2, participou do encontro a filósofa e professora do Centro de Ciências Naturais e Humanas da Universidade Federal do ABC, Maria Cecília dos Reis; em 11/3 foi a vez da então secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patricia Ellen; na reunião de 18/3, participou a coordenadora da Unidade de Fomento à Cultura da Secretaria de Cultura do estado de São Paulo, Natália Cunha; e em 29/4, esteve presente a pedagoga, pesquisadora e educadora social, membro da ONG REDEH – Rede de Desenvolvimento Humano, Schuma Schumaher.

Já foram debatidos temas como a contribuição do Butantan como instituição para a qualificação e cooperação entre profissionais mulheres, questões ligadas à maternidade e ao mercado de trabalho, os resultados e a importância de aumentar o protagonismo feminino nas empresas, especialmente nos fóruns mais elevados de tomada de decisão, e a vida de brasileiras que foram pioneiras em seus campos de atuação e foram esquecidas pela história.

Fonte: Instituto Butantan

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