agrishow

O Instituto Biológico está levando o resultado de suas pesquisas para o palco da 27ª edição da Agrishow. A feira internacional de tecnologia agrícola, realizada no Centro de Cana que pertence à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Ribeirão Preto, reúne representantes do poder público, agricultores, técnicos, pesquisadores e demais profissionais ligados ao setor. De 25 a 29 de abril, as mais relevantes inovações nas áreas de sanidade Animal e Vegetal e Proteção Ambiental serão apresentadas aos visitantes.

Os visitantes estão procurando informações sobre Imunobiológicos, certificação de material genético, controle biológico e de contaminantes, assuntos em que o IB acumula grande expertise. Na tarde de segunda-feira, foi assinado um Protocolo de Intenções entre a Secretaria de Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o qual prevê a criação do Corredor de Inovação Agropecuária, envolvendo diversos municípios, afirmou Ana Eugênia de Carvalho Campos, diretora-geral do Instituto Biológico, destacando que o IB entrará com o seu know-how em produção sustentável.

Confira algumas soluções desenvolvidas pelo IB para facilitar o trabalho do produtor rural:

Agro brasileiro economiza R$ 398,5 milhões anuais com o uso de bioinsumos

O controle biológico consiste no uso de inimigos naturais para diminuir a população de uma praga. Resumidamente, pode ser definido como natureza controlando natureza. Os agentes de controle biológico agem em um alvo específico, não deixam resíduos nos alimentos, são seguros para o trabalhador rural, protegem a biodiversidade e preservam os polinizadores. O Instituto Biológico (IB-APTA) criou o Programa de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico (Probio), que reúne as tecnologias e serviços prestados no Instituto, principalmente para as culturas da cana-de-açúcar, soja, banana, seringueira, flores, morango, feijão e hortaliças. As tecnologias desenvolvidas pelo Instituto Biológico são utilizadas por 100% das 120 empresas nacionais produtoras de insumos biológicos. As cepas selecionadas pelo IB são utilizadas em dois milhões de hectares de cana-de-açúcar no Brasil, quatro milhões de hectares de soja, três mil hectares de plantas ornamentais e morango e mil hectares de banana. O cálculo da economia gerada com o manejo de cada uma dessas culturas resultou nesse montante de R$ 398,5 milhões, por ano. Isso sem levar em conta os impactos ambientais e sociais do uso dessas tecnologias sustentáveis.

Pesquisa com Trichoderma ajuda a manter o equilíbrio natural no campo

A preocupação com o meio ambiente, o aumento da demanda por alimentos saudáveis e as dificuldades para o controle químico de algumas doenças em determinados cultivos comerciais têm levado os agricultores a adotarem estratégias alternativas para conter pragas e doenças na agricultura. Uma dessas estratégias é utilizar um fungo capaz de controlar outros fungos que causam severos prejuízos em plantios comerciais, o Trichoderma – fungos de crescimento rápido que podem ser utilizados em culturas como soja, cana-de-açúcar, algodão e olerícolas, entre outras. Além de terem grande potencial para controle biológico de fungos causadores de doenças nas plantas, ajudam a melhorar aspectos do cultivo. Os ácidos produzidos pelo Trichoderma colaboram para a solubilização de fosfatos, micronutrientes e alguns minerais como ferro, manganês e magnésio. Além disso, como participam da decomposição de matéria orgânica no solo, aumentam a quantidade de nutrientes que podem ser absorvidos pelas raízes. Algumas linhagens produzem ainda um hormônio de crescimento. Empresas produtoras de bioinsumos podem firmar parcerias com o Instituto Biológico para o desenvolvimento de produtos para o setor.

Joaninhas, grandes aliadas dos agricultores

As joaninhas são identificadas como símbolos de sorte e bem-aventurança. Elas são conhecidas mundialmente pelo benefício que proporcionam à agricultura ao se alimentarem de pragas como pulgões, cochonilhas e ácaros, entre outros, controlando a população desses organismos em agroecossistemas. Devido ao hábito alimentar, são denominadas predadoras e caracterizadas como agentes de controle biológico de pragas agrícolas. Algumas espécies são comumente encontradas em jardins, hortas e pomares. As pesquisas realizadas pelo Laboratório de Parasitologia Vegetal de Ribeirão Preto englobam sistema de criação de joaninhas em laboratório com o intuito de gerar informações sobre desenvolvimento, capacidade de predação e preferência por espécies de presas, principalmente pulgões. Em campo são realizados levantamentos populacionais de joaninhas em cultivos agrícolas para conhecimento da abundância e diversidade de espécies. Esses estudos dão suporte para o entendimento do potencial das joaninhas como insetos predadores e são importantes para a implantação de programas de controle biológico de pragas com o emprego de joaninhas em cultivos de hortaliças e frutíferas.

Certificação Sanitária de Material Genético

Referência mundial quando se trata de Certificação Sanitária de Material Genético, o IB recebe missões internacionais para discussão de protocolos sanitários, harmonização dos testes diagnósticos e realização do atendimento, tanto para o mercado interno como para exportação de sêmen e embriões bovinos. O Instituto conta com três laboratórios especializados: Doenças Bacterianas da Reprodução, Parasitologia Animal e Viroses de Bovídeos para atender os Centros de Coleta e Processamento do Sêmen (CCPS) garantindo a qualidade sanitária dos reprodutores e dos materiais genéticos produzidos. É uma vantagem contar com uma única Instituição para realizar todos os exames necessários para atender os protocolos sanitários exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelos países importadores. O cliente ganha em logística, tempo e reconhecimento internacional dos resultados, já que o IB possui acreditação na norma ISO/IEC 17025.

Imunobiológicos: biotecnologia a serviço da pecuária nacional

O Laboratório de Inovação em Produtos Imunobiológicos do IB disponibiliza antígenos para diagnóstico de brucelose e tuberculose que aliam tradição e inovação no combate às principais enfermidades do campo. No Brasil, o diagnóstico de brucelose, para o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose é firmado por meio dos testes do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), 2-Mercaptoetanol (2-ME), Fixação de Complemento (FC) e Anel em Leite (TAL). O diagnóstico alérgico-cutâneo com tuberculina é o instrumento básico para programas de controle e erradicação da tuberculose bovina em todo o mundo. Ele pode revelar infecções incipientes a partir de 3 a 8 semanas, alcançando boa sensibilidade e especificidade. A tuberculina PPD (“Purified Protein Derivative”) é um extrato proteico de Mycobacterium spp., utilizado para medir a hipersensibilidade retardada causada pela infecção por micobactérias. No Brasil, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, produzido a partir mostra AN5 de M. bovis e, no teste cervical comparativo, utiliza-se também o PPD aviário, produzido a partir da amostra D4 de M. avium. O produtor pode contar com serviços e orientações, basta consultar o site.

As pesquisas do IB ajudam a ampliar o conhecimento sobre as abelhas no mundo

As abelhas são um dos mais importantes polinizadores. No Brasil, a polinização é fundamental para o cultivo de frutas, café e outros grãos. Apesar desse importante serviço, as abelhas estão ameaçadas em todo o mundo. Desde meados de 2006, os pesquisadores alertam para o declínio das abelhas e o impacto do sumiço desses polinizadores para todo o ecossistema, afetando inclusive a economia de países que, como o Brasil, têm a agricultura como um de seus grandes pilares de sustentação econômica. Cientistas de todo o globo buscam explicar os motivos desse sumiço. O Instituto Biológico tem contribuído para o avanço do conhecimento nessa área, por meio de estudos conduzidos com participação de diversas instituições científicas do Brasil e do exterior. Os trabalhos são desenvolvidos no Laboratório Especializado em Sanidade Apícola (LASA) do IB localizado em Pindamonhangaba, interior paulista. Este é o único do país na área e realiza diagnóstico de vírus, fungos, bactérias e parasitas que acometem as abelhas Apis mellifera africanizadas.

O IB é referência quando o assunto é análise de contaminantes em Alimentos e Ambiente

O Laboratório de Resíduos de Pesticidas do IB é um dos principais no País em sua área de atuação. Acreditado pela norma internacional ISO 17025, relacionada à qualidade e emitida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o local consegue realizar testes que identificam resquícios de pesticidas. A unidade laboratorial tem capacidade de mostrar cinco tipos de resultados nos alimentos: nenhum tipo de resíduo encontrado, resíduo identificado dentro do limite autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pesticida não autorizado para uso na cultura, pesticida de uso banido no Brasil e resíduos acima dos limites autorizados. Os dois primeiros tipos de resultados permitem que o consumidor ingira aquele alimento de forma segura. Os três últimos estão fora do que determina a legislação brasileira e podem causar danos à saúde do consumidor. O parque de equipamentos da ULRCAA conta hoje com equipamentos de ponta como cromatógrafos de ultra alta performance acoplados a espectrômetros de massas do tipo triplo quadrupolo, cromatógrafos de fase liquida com detectores UV-visível e fluorescência, cromatógrafo de fase gasosa também equipado com espectrômetro de massas triplo quadrupolo e ainda outros com detectores de captura de elétrons, detector de nitrogênio e fósforo e detector fotométrico de chama específico. Além dos cromatógrafos a Unidade possui, cintiladores para análises que envolvem a determinação de estudos de radiação.

Essas são apenas algumas das contribuições do Instituto Biológico para tornar o agro paulista e brasileiro cada vez mais seguro e sustentável.

Fonte: Comunicação / IB

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